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sábado, junho 14, 2008

Organizações Humanas

Avaliar o homem em seu meio requer mais trabalho que, sequer imaginamos no princípio de uma idéia. Não podemos aleatoriamente, sem qualquer analise lógica, desconsiderar qualquer dado ou fato que possa significar erro no resultado final, se procuramos verdades, temos que desconjuntar partes de um todo, como se faz num laboratório de analises clínicas, portanto para tal empenho podemos, por exemplo, iniciar, catalogando organizações nas quais estão significativamente representados, digo significativamente propondo haver duas partes, exemplo:
Política: Governantes e Governados
Empresas: Patrão e Empregados
Clubes: Dirigentes e Associados
Educação: Professores e Alunos
Podemos ampliá-las para além das fronteiras nacionais: Países do 1º mundo: Países do 2º. 3º, 4º mundos.
E podemos exemplificar a menor parte, a célula, o protótipo: A Família: Homem Mulher; Pais e Filhos.

Sem exceções, observamos relação de poder, claro que esta relação nem sem0pre se projeta como aceitável se levarmos em conta os interesses imprecados em cada parte, porém, mesmo que se professe isto na teoria, a realidade se mostra diferente,vejamos por exemplo a família: Nenhum dos cônjuges aceitará a idéia da existência de relação de poder em sua convivência, mas para que este protótipo de organização se estabeleça e perdure faz-se necessário graus de abnegações, na teoria, em ambas as partes, o que nem sempre acontece, pois quando há negação de um lado, há afirmação do outro.

Bem, campo de trabalho nas mãos, resta-nos escolher qual trabalhar; podemos avaliar uma ou todas, tendo em mente a existência de Deus em ambas as partes ou sua não-existência, claro, pois, embora, a princípio, prevaleça a ordem natural de que o dominador sobrepuje os dominados, quando falamos de Deus esta característica deveria não existir, ou existir de modo amoroso, em que não haja quaisquer espécie de prejuízo às partes, o que nem sempre acontece, vejamos:
Tomemos a menor delas, donde práticas apreendidas e repassadas se estendem ao todo. Avaliando somente o humano através de olhar humano:
Na teoria observamos que a família segue princípios convencionados pela sociedade à qual pertencem e cuja aplicação desses valores também são exigidas por elas. Leis formuladas ao decorrer da existência humana na terra foram estabelecidas com o propósito de extirpar da sociedade qualquer ato que cause aversão, estranheza ou prática abusiva, mas será que é isso o constatamos na pratica? Ela realmente se porta como se designa suas leis?
Vamos pesquisar fatos mais recentes: Caso Isabella; O austríaco Josef Fritz mantém a filha em cárcere privado por 24 anos;

(sem comentários)

Escolhi a família como exemplo porque nela se constata a maior incidência de abusos de poder, porque a parte dominada não está pronta, não tem conhecimento para fazer escolhas sobre assuntos tão complexos como política ou religião. A criança, está completamente indefeso nas mãos daqueles que deviam protegê-los e dar suporte necessário para que, na idade adulta possa tomar decisões e dar continuidade à sociedade pré-existente.

Mas, nem sempre as leis humanas são respeitadas.
Porque não?
São adultos, com poder de escolha; sabem por experiência, vivida ou testemunhada, o que pode ou não acontecer;
Se submeteram às suas próprias leis e não as seguem?
Não temos a resposta.
Mas podemos questionar a não presença de Deus nessas famílias, isso mudaria?
Pode ser, mas não excluiria possibilidades, prque?
Porque pertencer a uma religião não te faz seguidor das leis de Deus, nem todos os que se professam cristãos buscam e fazem a vontade de Deus. Muitos cristãos negociam sua fé em troca de benefícios materiais, pior, mentem pra si mesmos que Deus aceita este tipo de negociata.

No entanto, a Lei de Deus é clara e abrange todas as organizações humanas, há na Bíblia ensinamentos para que o homem viva em alegria e harmonia com seus semelhantes, apenas respeitando-se a vontade de Deus, mas desrespeitar leis está impregnado na essência do homem desde a sua primeira desobediência.
Não é Deus quem comanda as igrejas.
Não é Deus quem comanda o homem.
Não pode, portanto ser Deus responsabilizado por atos tão indignos.
Ele busca uma igreja na terra, esta igreja é formada por verdadeiros adoradores. Não será uma denominação religiosa a escolhida, mas homens que não mancharam suas vestes no pecado, ou se/quando mancharam, tiveram a humildade de se arrepender e desviar-se do erro, e há tempo suficiente para isso, uma vida inteira, enquanto o arrependimento acontece num segundo. O mais demorado é não persistir no erro.
Como, então, julgar o homem nesta ou naquela atrocidade cometida ou qualquer destas denominações organizacionais, se a composição destas é de homens?
Ademais quem somos para julgar outros?
Algum juiz institucionalizado pelos homens, ou por Deus?
A palavra nos adverte que a nossa luta, não é contra a carne, mas contra principados, potestades, príncipe das trevas, contra hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais. Efésios 6:12 A palavra diz também, que somos morada do espírito santo, então o lugar mais celestial que existe na terra somos nós mesmos, então nossa luta começa em nós e termina em nós.
Esta palavra nos transforma não em juizes, mas em guerreiros. Por que formos juízes de nós mesmos e estivéssemos em pecado, certamente agiríamos com morosidade. Não podemos, entretanto sair dando murros em espíritos que não vemos, mas podemos negar ensinamentos e práticas que não vem de Deus afastando-nos de tais.

Como pode observar, para julgar precisamos muito mais que os achismos recheados de intenções manipuladoras, podemos sim, seduzir com palavras, com intenções ou pela força, mas Deus não manipula, nem seduz, ao contrário, suas palavras e sua vontade tornam-se fardo pesado, impossível de carregar apenas para quem não está interessado.
Eu, porém, as prefiro á conviver com a anomalia social e espiritual intrínseca naqueles que preferem adorar o deus das coisas e do inferno.

É uma escolha pessoal, nominal e intransferível.

Porque escrevo...

Meu pensamento transborda,
E vem de voar, a ânsia.
Abrem-se algemas.
Escancaram-se portas
Em movimentos sem pressa.
Busco entre as névoas
Que minha alma sustenta,
Algo que tenta:
Imagens concretas sonhadas insanas,
Repletas de sentimentos e dores,
Sem cores,
Apenas o nada
De mim, em mim mesmo.

Morosa e compassada,
Transformo o nada
Em cores incertas.
De um brilho não reluzente,
Num sonho impuro.

Sombra pesada,
Transformada em muro.
E o desejo quente
De querer, sempre,
O proibido.

Abre-se o branco,
E o barulho dança em meus olhos.
Soltando-se, movendo-se
Como peça encaixada,
Sem caixa, nem lado.
Em espaços descabidos, corrigidos, arrumados.