"UBE Blogs"

quarta-feira, setembro 12, 2007

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: UM PROJETO PENSADO PARA QUEM GOSTA DE CONTAR E OUVIR HISTÓRIAS

Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar o Projeto de Extensão que se designa a estimular o gosto pela leitura em crianças na faixa etária entre seis a dez anos. A proposta para o projeto surge da necessidade de se formar leitores, uma vez que na história brasileira este processo se desenvolveu somente a partir do século XVIII, e a formação de leitores infanto-juvenis a partir de 1970. O contar e recontar histórias serão propósitos que visam o resgate do mundo fantástico, e através desse resgate despertar o desejo de participação, possibilitando a interação, tanto de aluno/aluno, como entre aluno, professor e escola. Nosso embasamento teórico se pauta em estudos de textos nas áreas da literatura infanto-juvenil, nos contos clássicos dos Irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, Andersen, Charles Perrault, nas Fábulas de Esopo e de estudos nos domínios da Didática e da Educação. E o resultado esperado, será a criança buscando essa atividade como satisfação individual, ao mesmo tempo em que influencia seu meio ao adquirir o hábito da leitura.
PALAVRAS-CHAVES: apresentação de projeto; contação de histórias; fantasia.
1 - INTRODUÇÃO
Em pleno século XXI, mesmo depois de diversas campanhas efetuadas nas escolas para disseminação do hábito da leitura, ainda nos deparamos com o desinteresse do aluno por essa prática. Desapego que resulta numa freqüência às bibliotecas como atividade exercida por exigência e sob protestos. Exigência dos professores frente aos problemas que a falta de leitura acarreta, e sob protestos dos alunos com uma visão distorcida sobre o deleite de se ler um bom livro.
Surpreende-nos o fato da criança preferir ficar horas e horas diante de um computador, de um desenho animado ou até mesmo, de uma novela que se diz “próprio para a idade”, sem, contudo, desejar desfrutar do prazer que a leitura poderia proporcionar.

2 – O ALUNO E A LEITURA
O que explica esse impasse vivenciado pelos professores e esse desprazer sentido pelo aluno está intrinsecamente ligado à cultura brasileira na formação do seu leitor. Segundo ZILBERMANN[1], na história da educação e da cultura brasileira, presenciamos alguns momentos negativos para a formação do leitor, sendo alguns deles mais significativos:
A educação no Brasil aconteceu de forma fragmentada e tardia: os jesuítas que iniciaram o processo de formação foram expulsos, e aqueles que obtiveram algum aprendizado por intermédio deles foram dispersos não repassando os conhecimentos obtidos.
Mais tarde, as famílias que desejavam ter seus filhos formados, tinham de mandá-los para o exterior até sua formação, e para tal empreendimento teriam de ser famílias abastadas, tendo em vista o alto custo deste desejo. Esse era o quadro representativo da educação brasileira até a vinda da família real para o Brasil em 1808.
Depois da vinda da família real, outros obstáculos dificultaram para que estudantes formados no exterior, ao voltar, conseguissem produzir suas obras, dando inicio a uma literatura totalmente nacional, produzida por entender e poder ser entendida pelos brasileiros.
Fatores externos na produção, edição e divulgação da literatura no Brasil foram fundamentais para inibir a produção de obras e elevaram a falta de interesse, pois esses precursores estavam à mercê de exigências das editoras portuguesas, que por sua vez estavam à mercê das editoras européias.
Outro fator agravante foi a inquisição que atuou não como formadora de moral e religiosa do povo, mas como deformadora intelectual, isso porque se pregava a leitura como pecado da devassidão e da lascívia.
Logo em seguida o capitalismo importado encontra aqui uma sociedade que não participava dos mesmos conhecimentos do povo europeu e a falta desse conhecimento atinge-os desvirtuando o objetivo da leitura: de lazer e precursora do conhecimento para dissipadora de tempo e dinheiro.
Formando assim uma parede intransponível de fatores negativos na formação cultural do leitor brasileiro.

2.1 O ATO DE CONTAR HISTÓRIA, UM PRAZER, UMA NECESSIDADE
O ato de contar e recontar histórias remonta desde a pré-história, quando o homem buscava o conhecimento de tudo que o cercava, nomeando, experimentando e repassando conhecimentos e sensações obtidas.
É Na fase mítica que o homem sentiu necessidade de procurar explicações para os fatos naturais que ocorriam ao seu redor, e através da fantasia concretizava seus medos e suas expectativas em figuras monstruosas ou deidades que interferiam, ora protegendo, ora punindo os seres humanos. Segundo Bárbara Vasconcelos de Carvalho o pensamento mítico adquire formas romanescas na idade média, quando os cavaleiros das cruzadas se uniam para narrar seus feitos. Estes contos que oralmente eram relatados só foram escritos bem posteriormente, entre século XII e XIII. No mesmo período torna-se conhecido os contos orientais, como os contos de “Mil e uma Noites” vindos do Egito no século XIII, e entre eles estavam agregados também vários contos hindus. Um dos mais contados é de “Sherazade”. Este conto chegou ao Brasil no final do século XIX a partir de traduções nacionais, como por exemplo, do professor Carlos Jansen (ZILBERMANN, 1986), e posteriormente difundidos, vejamos o conto:
O rei persa Shariar, vitimado pela infidelidade de sua 1ª mulher, mandou matá-la e resolveu passar cada noite com uma esposa diferente, que mandava degolar na manhã seguinte. Recebendo como mulher a Sherazade, esta iniciou um conto que despertou o interesse do rei em ouvir-lhe a continuação na noite seguinte. Sherazade, por artificiosa ligação dos seus contos, conseguiu encantar o monarca por mil e uma noites e foi poupada da morte. A história conta que, durante três anos, moças eram sacrificadas pelo rei, até que já não havia mais virgens no reino, e o vizir não sabia mais o que fazer para atender o desejo do rei. Foi quando uma de suas filhas, Sherazade, pediu-lhe que a levasse como noiva do rei, pois sabia um estratagema para escapar ao triste fim que a esperava. A princesa, após ser possuída pelo rei, começa a contar a extraordinária "História do Mercador e do Efrit", mas, antes que a manhã rompesse, ela parava seu relato, deixando um clima de suspense, só dando continuidade à narrativa na manhã seguinte. Assim, Sherazade conseguiu sobreviver, graças à sua palavra sábia e a curiosidade do rei. Ao fim desse tempo, ela já havia tido três filhos e, na milésima primeira noite, pede ao rei que a poupe por amor às crianças. O rei finalmente responde que lhe perdoaria, sobretudo pela dignidade de Sherazade.[2]
Os contos e os romances eram destinados aos adultos como fonte de prazer e diversão, seja entre amigos, nos grandes salões de festas ou nas tabernas. E entre eles havia também as canções de amor e de amigo cantadas e aclamadas nas cortes reais e palácios, ou ainda entre as turbes que se apresentavam de cidade em cidade, disseminando historias e canções.
É só a partir do século XVIII que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo qual, deveria distanciar-se dos adultos e receber uma educação que a preparasse para a vida adulta “condicionada sob os valores morais burgueses”.
É La Fontaine o resgatador das produções do grego Esopo e do latino Fedro, interlocutores das Fábulas, (do latim fabulare=falar), produção literária em que os animais adquirem forma e sentimentos humanos (antropomorfismo), cuja característica principal é a moral da história acompanhada de valores morais e éticos, que são aplicadas na educação da criança.
Mais tarde os irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, Hans Christian Andersen e Charles Perrault se inspiram em relatos da tradição oral de seus países e escrevem os contos de fadas como conhecemos hoje:
“O autor mais importante dessa representação-de-mundo, na Literatura Infantil, foi Hans Christian Andersen, legitimo representante do ideário romântico-cristão. Suas centenas de contos (extraídos do folclore dinamarquês ou inventados por ele) são exemplares, como transfiguração literária daquela orientação ético-religiosa. Muitas de suas estórias são realistas: situam-se no mundo real, cotidiano, com personagens simplesmente humanos em luta com as adversidades da vida e, em geral, vencidos por elas, mas vitoriosos na conquista do céu. Outros são apólogos: têm objetos ou seres da natureza como personagens que vivem problemas idênticos aos dos homens. Exemplo: “O boneco de Neve”; “A agulha de cerzir”; “O soldadinho de chumbo”; “Os namorados”; “O pinheirinho”...[3]

Esses contos transpuseram fronteiras e culturas, tornando-se universais. São ainda hoje adaptados como filmes, desenhos ou revistas e livros de história com nuances da realidade moderna.
Segundo (ZILBERMANN, 1986), a literatura infantil no Brasil adquire compleição a partir do século XX e embora, segundo a autora, este quadro conserve um toque europeu, foi adotado como costume entre os brasileiros descendentes de europeus, muito antes do século XX através da oralidade, e se propagou através dos tempos entre os mais idosos, jovens e crianças, independente da classe social, escolaridade ou etnia. A autora, em sua obra “A Literatura Infantil na escola” sobre a prática de se contar histórias entre pais e filhos em volta da mesa do jantar, ou a figura da mãe com um livro na mão sentada ao lado da cama enquanto o mundo fantástico abria-se diante de ouvidos infantis, ou ainda numa divertida reunião de amigos na qual revolviam histórias de fantasmas, bruxas e tesouros escondidos, noites de sabor atemorizante, pois tais histórias povoavam as mentes infantis por dias e noites. Mesmo assim o próximo encontro era aguardado com expectativa. E chama a nossa atenção para esta pratica que se perdeu no mundo moderno de prioridades econômicas, no qual pais, filhos e mestres trilham caminhos divergentes e tentam chegar a um único objetivo: o desenvolvimento da criança.

2.2 - A LEITURA NA ESCOLA
Retomando a introdução deste artigo refletimos: Se, por um lado, este costume, se transformou em lembranças diante do avanço tecnológico e das diversas formas de “diversão” que a tecnologia oferece, e na falsa noção de que os entretenimentos como: jogos de computador, vídeo games e a televisão possam cumprir a mesma função das histórias infantis no desenvolvimento da criança. Por outro, temos a instituição (escola) preocupada com o crescente alheamento das crianças pela leitura e os problemas que isso provoca no processo de aprendizagem. E também, o professor tendo que seguir um programa rigidamente estabelecido, o qual não deixa brechas para trabalhar a leitura de maneira mais prazerosa. E mais o excesso de respeito pela faixa etária na distribuição de conteúdos, o qual permite que apenas as crianças da educação infantil (zero a seis anos) sejam contempladas com a leitura elaborada e divertida, enquanto os demais são considerados como “mini-adultos”, e, portanto habilitados à responsabilidades de maior gravidade, como se mundo infantil e da fantasia deixassem de existir depois dos seis anos, de acordo com os programas de ensino nas escolas. Libâneo configura a atitude do professorado e da escola como uma engrenagem, no qual os professores e a escola não se dão conta que as atitudes contribuem com o alheamento da criança pela leitura e com os resultados negativos quanto ao incentivo desta leitura.
E esses são apenas alguns fatores que alimentam o distanciamento entre livros, histórias e crianças.
Preocupa-nos os métodos aplicados e precisamos levantar suposições sobre os problemas apontados entre: leitura; criança; escola. É Bárbara Vasconcellos quem nos fundamenta, alertando-nos que, para a construção do hábito de leitura é necessário muito mais que apenas exigir a leitura, precisamos, sim, despertar o prazer pela leitura, torná-la mais próxima da criança e sem a carga avaliativa que propõe os programas de ensino.
Paulo Freire que prega a teoria de que cada aluno é produto do meio ao qual está inserido, revela que a função do educador esta fundamentada no estabelecimento da comunicação entre o “homem objetivo” e o “homem subjetivo” (entenda-se homem como ser humano, no caso especifico do qual estamos tratando é a criança), como forma de exercitar a conscientização ou problematização da realidade, para com isso, criar a possibilidade de transformação. Ele nos diz que: “ensinar exige a convicção de que a mudança é possível” (FREIRE, 1996, p.76).
Outro obstáculo que acena para a não apresentação das historias é o temor de comprometimento por parte de escolas e de professores em apresentar histórias que possam trazer elementos nocivos para a educação da criança, contribuindo negativamente para que ela desenvolva preconceitos ou sentimentos contrários aos que a educação deva proporcionar. Muitas histórias têm suas peripécias atenuadas como forma de não agressão ou respeito ao pré-desenvolvimento cognitivo infantil para entender atitudes do herói ou do bandido. Porém, quanto a essa problemática o psicólogo Bruno Bettelheim nos tranqüiliza dizendo que:
Os contos de fadas, considerados por pais e educadores até pouco tempo como “irreais ou falsos” e cheios de crueldade, são, para a criança o que há de mais próximo na linguagem de fantasia, característica do mundo infantil (...) e retratam um mundo de no qual as figuras são a ferocidade encarnada ou a benevolência altruísta, características que capacitam a criança a compreender suas ações e prever reações, possibilitando a criança ordenar seus sentimentos complexos vendo-os separadamente. (1980, p 92)

A dualidade entre personagens maus e bons estimula sentimentos contraditórios, propiciando o reconhecimento de tais sentimentos numa ação real de amor, ternura ou até mesmo de ódio e injustiça, promovendo na criança a auto defesa no reconhecimento destes ou na interação daqueles.

3 – PROJETO CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Buscando diminuir a distância entre crianças leitura e livros, foi nos proposto a idéia do projeto “Contação de Histórias: Um Projeto pensado para quem gosta de contar e ouvir histórias”, que visa a elaboração de um espaço vinculado ao ambiente escolar, no qual, professores munidos de estratégias de leitura possam conseguir da criança, através das atividades lúdicas, um resultado positivo na descoberta de mundo e da linguagem. Essas atividades estariam definidas com o intuito de despertar a curiosidade e o interesse das crianças em participar diretamente na elaboração das histórias. A interação resultaria num ambiente despojado de obrigações, climatizado na fantasia ao mesmo tempo em que estabelece a transição entre o mundo real e o fictício.
Bárbara Carvalho e Fanny Abramovich que se dedicam a escrever obras sobre literatura infantil orientam-nos que o ouvir histórias faz com que a criança desenvolva-se intelectualmente e emocionalmente, e através do conto a criança obtém uma chave para o cognitivo, com a qual abre as portas da inteligência e da sensibilidade, descobrindo os conflitos que permeiam as relações humanas, e isto é fundamental para sua formação intelectual e social.
Para desenvolver o projeto definimos a problemática em três perguntas:
a) É possível atrair a atenção da criança para uma atividade como o contar histórias no mundo tecnológico de hoje, que oferece tantos outros meios de contar histórias?
b) Poderemos ter resultados positivos, como a participação espontânea dos alunos nas histórias e a busca do aluno pela pratica da leitura?
c) As atividades de contar e ouvir histórias infere nos resultados de participação social, no desenvolvimento da escrita e na elaboração de histórias imaginativas entre alunos?
Serão questões exploradas durante o percurso do projeto cujos primeiros passos foram desenhados, como por exemplo, o roteiro e preparação do professor ao realizar a tarefa de contador, tendo em vista os objetivos a que se propõe, como por exemplo, atender as expectativas do aluno.

4 - ROTEIRO E PREPARAÇÃO PARA A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Possibilita transformar o improviso em técnicas, ou seja, fundir a teoria em prática adequando a história aos ouvintes, ao nível, à faixa etária e ao meio ambiente.
4.1 - A pré-seleção do livro e da história pelo professor/narrador
4.2 - A escolha da história deve atender aos interesses da criança, de acordo com a faixa etária e a escolha, se é de futebol que os meninos gostam, porque não realizar uma leitura na qual o tema atenda tal expectativa?.
4.3 - Estudar o conto e se familiarizar com expressões e vocabulário para que a leitura possa fluir de forma harmoniosa.
4.4 - O narrador deverá estudar a forma de apresentação da história, que poderá ser narrativa, representação através de teatro de fantoches ou outras formas lúdicas.
4.5 - Deverá adotar a mesma postura dos ouvintes, por exemplo: todos sentados no chão em círculo, ou em cadeiras ou ao ar livre, etc.
4.6 - Usar recursos de expressão facial e modulações da voz para despertar a expectativa do ouvinte. E conseguir deles esta mesma postura, pois enquanto articulam a história desenvolvem dicção e superam timidez.
4.7 - Fazer uso de imagens, gravuras, objetos para desenvolver e enriquecer a história, e tomar cuidado para que o exagero não distraia o ouvinte, nem queime a história.
4.8 - Usar a estratégia da contação fragmentada como elemento para atingir o objetivo da criança utilizar a imaginação.
4.9 - Saber ouvir propicia o contato com a magia presente na literatura, ouça e incentive a produção das histórias.

5 - OBJETIVOS
5.1 - Que a criança possa expressar-se com mais naturalidade.
5.2 - Desenvolver uma visão estética, ou seja, maior elaboração nas produções orais e escritas.
5.3 - Maior interesse dos alunos em busca das obras de literatura nas bibliotecas.
5.4 - Despertar a criança para os valores éticos e sociais como fonte de surpresas e descobertas

6 – GÊNEROS TEXTUAIS QUE PODEM SER TRABALHADOS
6.1 - Poemas declamados com mais de uma voz para que possa ser apresentado em grupos.
6.2 - Contos e fábulas como simples narrativas ou representadas através de arte cênica ou fantoches.
6.3 - Provérbios e ditos populares.
6.4 - Trava línguas.

7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nosso objetivo é bilateral, pois ao mesmo tempo em que proporcionamos momentos de lazer ao educando, nos propiciamos a realizar um trabalho no qual sentiremos prazer em realizá-lo, pois todas as atividades podem ser exploradas quanto a forma; arranjo do texto; vocabulário; rimas; aliterações e podem ser ilustradas tendo em mente o prazer de se brincar com as palavras construindo a fantasia.
Nós aceitamos o desafio de buscar maneiras de trabalhar um conteúdo riquíssimo, que é a literatura infantil sob um método aprazível e ao mesmo tempo crítica, constituindo o embate entre a ingenuidade do senso comum trazido da realidade do aluno e o conhecimento crítico guiado através da prática pedagógica e da leitura em suas diversas formas.
Propusemos-nos a auxiliar a criança, a construir sua ponte entre a fantasia e a realidade, munindo-as dos elementos necessários para a transformação do meio, enquanto enriquece sua experiência e adquire o hábito da leitura por prazer.
Não inventamos esse método, contudo é nosso dever como educador, guiar o educando através da descoberta e da assimilação no mundo da leitura. “É preciso vê-lo, portanto em sua interação com a realidade, o que ele sente, sobre o que percebe, e sobre qual exerce uma prática transformadora” (FREIRE,1977, p75). E isso será possível se, nós como professores propiciarmos um ambiente de interação sem o intuito de medir conhecimento, mas como base para se trocar experiências. E para que isso ocorra, o educador deve ter postura e discernimento para atingir tais objetivos.

8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRAMOVICH, Fanny. LITERATURA INFANTIL: gosturas e bobices. 2ª.Ed. São Paulo: Scipione, 1991.
BETTELHEIM, Bruno. A PSICANÁLISE DOS CONTOS DE FADA, 1903. Tradução de Arlene Caetano. 15ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1980.
CARVALHO, Barbara Vasconcellos de. A LITERATURA INFANTIL: visão histórica e crítica. 6ª Ed. SP: Global University, 1985.
COELHO, Betty. CONTAR HISTÓRIAS: uma arte sem idade. SP: Ática, 1986.
COELHO, Nelly Novaes. LITERATURA INFANTIL: teoria, análise, didática. 7ª. Ed. São Paulo: Moderna, 2000.
GÒES, Lúcia Pimentel. INTRODUÇÃO À LITERATURA INFANTIL E JUVENIL. SP: Pioneira,1984.
LIBÂNEO, José Carlos. DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1989.
NIELSEN, Annie. ME CONTA UMA HISTÓRIA... Pais e Filhos, nº 312, p 90-94, set. 1994.
PALO, Mª. José e Oliveira, Mª. Rosa O. LITERATURA INFANTIL: voz de criança. 2ª. Ed. S.P: 1992
ZILBBERMAN, Regina. LITERATURA INFANTIL: Autoritarismo e emancipação. São Paulo: Ática, 1987.
__________/ Marisa Lajolo. UM BRASIL PARA CRIANÇAS:Para conhecer a literatura infantil brasileira: histórias, autores e textos. São Paulo: Global,1986.
http://www.gaudez.com.br/, acessado em 19/07/2006
[1] Conferência de Abertura da II Edição de Colóquios, apresentada em 03/02/2006 na UNIOESTE,
[2] Texto encontrado no site http://www.graudez.com.br/litinf/origens.htm www.contadoresdehistória.pro.br/sherazade.htm, acessado em 19/09/2006 2:18 h

[3] COELHO, Nelly. 2000, p.95/96

Nenhum comentário: