Em tudo buscamos motivo,
Para rir e para chorar
E há um tempo determinado
Tempo de começar e tempo de parar.
Não riremos de nossas próprias feridas.
Nem choraremos o que não causa sofrimento.
Podemos, entretanto,
Usar a máscara escondida
Da alegria incontida
Da dor fingida
Ou da mansa desilusão
Pintá-la com o vermelho e o branco
Do palhaço em dia de festa
Ou de negro e azul tristonho
Do sofrido arlequim
O primeiro
Ri para não chorar
O outro,
Pinta nos olhos
E no coração
A dor da rejeição
Mas nem tudo é circo
Nem tudo amargura
Vivemos então a pensar:
Democracia ou ditadura?
Escola ou sepultura?
Quem sabe uísque,
Ou pinga pura?
Posso tragar?
Ou engolir inteira
A fumaça da estupidez?
Ou quem sabe apenas
Deixar de ser freguês
Da antiga fórmula romana
“Pão e Circo daí a eles".
Pois,
É só
O que precisam?
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